Ilustração de partículas do HMPV - Foto:Fiocruz

Na última quarta-feira (15), Pernambuco registrou os primeiros casos de metapneumovírus humano (HMPV) em 2025. As infectadas foram duas crianças, de 1 ano e 7 meses e 3 anos e 11 meses, residentes no Recife e em Jaboatão dos Guararapes, respectivamente. Ambas apresentaram sintomas como febre, tosse, desconforto respiratório e diarreia, mas já receberam alta hospitalar.

O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), responsável pela análise das amostras.

Um Vírus Conhecido e Monitorado

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o metapneumovírus não é incomum no estado. Já houve registros anteriores, com destaque para os anos de 2016 (15 casos) e 2022 (27 casos). O HMPV é da mesma família do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), apresentando sintomas leves na maioria dos casos. No entanto, pode evoluir para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas.

A doença circula no Brasil há mais de 20 anos, com o primeiro registro oficial em 2004. Apesar do recente aumento de casos na China, a SES-PE e a Organização Mundial da Saúde (OMS) não consideram o HMPV uma ameaça de epidemia ou pandemia.

Recomendações de Prevenção

Embora ainda não existam vacinas específicas contra o metapneumovírus, as autoridades reforçam que a vacinação contra Covid-19 e gripe ajuda a prevenir complicações graves, além de reduzir hospitalizações.

A OMS recomenda as seguintes medidas preventivas:

• Uso de máscara, especialmente por pessoas com sintomas gripais;
• Ambientes ventilados, para diminuir o risco de contágio;
• Higiene das mãos, com álcool em gel ou água e sabão;
• Etiqueta respiratória, cobrindo boca e nariz ao tossir ou espirrar;
• Evitar aglomerações, especialmente para os mais vulneráveis.

Aumento de Casos na China e Alerta Global

A China reportou um aumento significativo de casos de HMPV desde o início de 2025. Apesar disso, a OMS garantiu que os surtos estão sob controle, sem sobrecarga do sistema de saúde local.

Bebês, crianças menores de 5 anos e pessoas com condições preexistentes, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), são mais propensas a desenvolver formas graves da doença.

No Brasil, o Ministério da Saúde acompanha de perto o cenário internacional, destacando a importância das campanhas de vacinação em andamento e o uso de máscaras para reduzir a transmissão de todos os vírus respiratórios.

Panorama Atual e Considerações

Com o registro dos primeiros casos de 2025 em Pernambuco, o estado reforça a vigilância epidemiológica e a comunicação sobre os riscos associados ao metapneumovírus. Embora não seja motivo de alarme, a prevenção permanece fundamental, especialmente para grupos de risco.

A combinação de medidas não farmacológicas e a adesão à vacinação continua sendo o caminho mais eficaz para proteger a população e evitar complicações causadas por doenças respiratórias, incluindo o HMPV.