Morte de Criança na Unimed Recife: Coren-PE Realiza Fiscalização e Pais Questionam Versão Oficial

  • 16/01
  • Grande Recife
  • Redação Yapoatan

Foto: Reprodução/Instagram

 

O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) realizou nesta quinta-feira (16) uma fiscalização na Unimed Recife, em resposta à repercussão da morte de Bruna Brito, de 4 anos, ocorrida em dezembro de 2024. A vistoria foi conduzida por enfermeiros fiscais e assessores jurídicos da entidade.

Segundo relato dos pais, Bruna foi internada com sintomas de amigdalite, mas faleceu após uma série de procedimentos, incluindo uma tomografia com sedação e intubação. A morte foi atribuída a uma hemorragia pulmonar, versão que a família contesta.

 

Relatório preliminar e acompanhamento do caso

Durante a vistoria, o Coren-PE apurou que um relatório interno sobre o caso está em fase de conclusão. Até o momento, o documento não indica irregularidades cometidas pela equipe de enfermagem, segundo os representantes do Conselho.

Em nota, o Coren-PE afirmou que está acompanhando o caso de perto e aguarda a finalização do relatório para tomar medidas cabíveis, se necessário.

 

Relatos dos pais de Bruna

Os pais da criança, Gabriela e Gabriel Brito, narraram uma série de episódios que levantam dúvidas sobre o atendimento médico.

  1. Queda e extubação suspeita: Gabriela Brito afirmou ter ouvido um barulho vindo do quarto onde a filha estava internada. Ela acredita que Bruna foi derrubada do leito por membros da equipe médica. Logo após, uma enfermeira teria saído do local com as roupas manchadas de sangue, alegando que a criança havia se extubado sozinha.
  2. Excesso de sedativos: Bruna precisou realizar uma tomografia com sedação após retornar ao hospital por não apresentar melhora. Gabriela relatou que uma profissional de saúde mencionou a administração de uma "dose cavalar de sedação". A mãe estranhou o tempo excessivo do exame, que deveria durar cerca de 20 minutos.
  3. Vazamento de oxigênio e confusão na UTI: Durante o transporte para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a mãe ouviu um vazamento de oxigênio e presenciou membros da equipe médica em estado de alerta. Momentos depois, a família foi informada de que Bruna havia falecido.
 

Controvérsias e investigação em andamento

A mãe de Bruna, Gabriela Brito, questiona a causa oficial da morte apresentada pelo hospital, apontada como hemorragia pulmonar. Ela também destacou falhas no atendimento e possíveis negligências durante o processo de intubação e sedação da criança.

A Unimed Recife ainda não se pronunciou detalhadamente sobre as alegações feitas pela família, e o caso segue em apuração por autoridades médicas e jurídicas.

 

Próximos passos e apoio do Coren-PE

O Coren-PE se colocou à disposição para contribuir com o andamento das investigações e reforçou seu compromisso com a transparência e ética na assistência de enfermagem.

Gabriela Brito desabafa: "Nada vai trazer minha filha de volta, mas quero que a verdade apareça para que nenhuma outra família passe por isso."

O caso segue sendo acompanhado de perto pela imprensa, enquanto a sociedade aguarda respostas sobre o que realmente aconteceu durante o atendimento de Bruna Brito.

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